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Conselho Superior de Cinema e Netflix (boa)


Quando vemos o novo Conselho Superior de Cinema, criado para formular a politica nacional do cinema e do audiovisual, e aprovar as diretrizes gerais para o desenvolvimento da indústria cinematográfica e audiovisual nacional, e nos deparamos com uma formação composta pelos senhores abaixo, que respeito enquanto profissionais do mercado, assim como respeito as empresas e instituições que representam, me pergunto se sou eu que ainda me espanto ou se outros também.

Quem temos compondo o CSC? 1. Eduardo Levy, presidente executivo do SindiTelebrasil (teles), 2. Fernando Magalhães (diretor de programação do grupo Claro Brasil e diretor da ABTA (TV paga) 3.Hiran Silveira (diretor da Record) 4. Marcelo Bechara (Advogado Grupo Globo e Abert) 5.José Maurício Fittipaldi (ligado aos estúdios internacionais e a MPAA) 6.Paula Pinha (assuntos institucionais/políticos da Netflix para AL

7. Sandro Manfredi (Presidente Abragames). 8. Leonardo Furtado Palhares (Advogado- advogado que representa a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônic) 9.Marcos Bitelli (advogado da TAP, teles e exibidores)

1. Paulo Roberto Schmidt produtor). 2.Bruno Barreto (cineasta), 3.Renato Barbieri (cineasta). . 4 Simone Mendonça (produtora), 5.Leonardo Edde (produtor e presidente do Sindicato dos produtores) 6.Ricardo Difini Leite (exibidor - exibidor de cinema do sul, o primeiro que entrou com liminar contra a cota de tela para filmes brasileiros) 7.Márcio Alcaro Fraccaroli (distribuidor, dono da Paris Filmes) 8. Luiz Alberto Rodrigues (produtor e distribuidor).

Entendo duas coisas.

Políticas de produtores independentes esta longe de acontecer ali dentro.

A briga agora é de cachorro grande, sem muito espaço para discussão de obrigatoriedades de obras brasileiras. O que está em jogo são as teles, querendo participar do mercado de produção de conteúdo, o que não podem porque a lei 12.485/11 as proíbe, e a briga das radiodifusoras, que obviamente não as querem produzindo no nosso mercado, pois poderiam quebrar a hegemonia de nossa grande emissora, que também é uma enorme produtora de conteúdos brasileiros, com os quais os nossos 200 milhões de conectados se identificam, já que boa parte dela não lê legenda.

A questão deixa de ser técnica para virar politica, cada vez mais afastada das analises de impacto regulatório da agência que deveria estar conduzindo muitas destas questões.

Acho que a discussão com players do mercado necessária e saudável, num ambiente técnico e não politico. Nossa politica pública não pode ser influenciada pelo que pensa a NETFLIX.

Simultaneamente , o ministério aprova três sociedades arrecadadoras, o que obviamente é uma vitória, mas cujos resultados no mercado nacional, por enquanto é nenhum, já que há toda uma discussão e já , já, dependendo das próximas decisões serão contestadas , aliás por muitos representantes que estão sentados à mesa do Conselho Superior de Cinema.

Enfim... é o que temos ... pode ser sempre pior...

Photo by Viktor Forgacs on Unsplash

SOBRE A VERA 

Com mais de 30 anos de experiência na área pública, Vera ocupou diferentes cargos nas principais instituições responsáveis pelas políticas públicas para o audiovisual e pelo financiamento do setor cinematográfico no Brasil
De forma didática e clara,
Vera consegue aproximar o conteúdo para diferentes públicos e ajudar aqueles que buscam se reciclar ou querem conhecer mais sobre a área. 

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